A nossa república não gosta de empresários porque comem tudo, mas diz que precisa de gestores de alto nível a quem paga fortunas.
É que os empresários exploram trabalhadores e os gestores não, pelo simples facto de os trabalhadores não serem deles. Eles próprios são simples assalariados que nada mais têm para além do seu salário. Gente simples, como se quer, com salários de... fascista?!
Homessa, Marreco, vamos lá tentar perceber isto!
Agarremos no negócio do vinho que vossemecê percebe bem e pensar de onde vem o lucro do empresário: é da vinha, pois então. E o do gestor? Supostamente, também devia vir daí, mas parece que não.
A riqueza do empresário é a diferença entre o vinho que produz e vende e os custos que tem com os salários, a eletricidade, a água, o combustível, a cadeia de distribuição, os encargos com o míldio e os impostos. Num ano de mau vinho ganha menos. Se lhe der a preguiça, ganha menos. E se precisarem do vinho dele para irem encher as pipas de quem gere tascas sem fazer vinho, talvez não ganhe mesmo nada. Palerma!
Há riscos que um gestor de topo não corre. Ter uma vinha é um investimento arriscado. Como tem fama de ser excelente, o salário está garantido mesmo que nesse ano a vinha não tenha dado nem um cacho. Mas é excelente em quê? Pois isso é que ninguém sabe explicar, mas como nas vinhas onde eles trabalham ninguém tem de ir pisar uvas para lhes espremer o salário, está tudo bem!
Oh Marreco, enche mas é aqui o copito do fascista e façamos um brinde a essa gente que a sabe toda e que por isso é que (se) governa tão bem!